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A Verdadeira Obra

Já não importa mais... Descobri que não sou a mais bela obra, mas apenas a que posso ser. (J. Lima Neto)


29 de dezembro de 2010

Profissão artista?

A pintura é uma atividade de aposentados e de pessoas já bem resolvidas financeiramente.
Essa é uma afirmativa muito complicada de se fazer, mas não deixa de ter também sua verdade.
Fazer o que gosta ou buscar um emprego financeiramente mais viável? Essa é uma pergunta complexa, muitos diriam: “vá em busca dos seus sonhos, não abandone seus sonhos por dinheiro”, outros, “busque uma segurança financeira e depois você pode fazer o que quiser”.
Gostaria de ser como Graciliano Ramos, que exerceu sua profissão e ainda conseguiu fazer o que mais gostava, escrever romances e crônicas. Talvez sua profissão tenha ajudado também.
Mas também me questiono, - como posso ser um escritor ou pintor famoso se não me dedicar muito ou exclusivamente a isso? Não existe um cálculo do esforço necessário para atingir nossos sonhos.
Apesar de querer crescer no mundo da pintura, não busco isso apenas pelo sucesso, fama ou seja lá o que for, gostaria apenas que esse reconhecimento financiasse a continuidade da minha arte, e como artista vale muito mais fazer parte da vida das pessoas, com uma obra minha em suas casas, do que o valor das obras.
Analiso a vida de pintores famosos, e constato uma dura realidade, a pintura é uma arte seletiva, além do dom que se deve ter, obviamente, é necessário o reconhecimento de personalidades da área, caso contrário será só mais um pintor das praças. Além do mais a grande maioria vinha de famílias nobres, não precisavam buscar a estabilidade financeira de suas famílias.
Para olhos críticos, não estou banalizando a pintura, muito pelo contrário acho uma arte nobre, clássica, elegante e romântica, porém esse paradigma ainda persegue meus pensamentos.
Será que a pintura não pode ser uma profissão? Como fazer isso sem transformar as obras em meros produtos comerciais? Como comercializar sem vulgarizar a arte?
Para Richard Wollheim (A pintura como arte), qualquer um pode ser um pintor, mas poucos são artistas. E na pintura o personagem principal é a obra e não a atividade.
Enquanto não sei respostas para essas perguntas continuo trilhando meu caminho como artista.
Minha estrada de tijolos amarelos está apenas no começo, não sei onde vai me levar, mas também prefiro surpresas. 
J. Lima Neto

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